Em 1999 fomos surpreendidos com o maior apagão da história. E como infelizmente só damos valor quando houver a falta, o governo percebeu que há décadas diversos especialistas já alertavam sobre o apagão. Fizeram o possível para que a conta fechasse, inclusive multavam pessoas que ultrapassassem as suas “metas” de consumo. Quem quiser saber mais, anexo o link abaixo.
E além de anualmente houvesse aumento de consumo, em 2015 entraram as bandeiras tarifárias, para pagarmos a má gestão do sistema elétrico pelos governos anteriores.
O Raiar do Sol
Com todos esses aumentos e impostos é que foi ficando cada vez mais interessante instalar mini geração distribuídas nas casas. E isso é bom para o consumidor, que paga menos e ainda devolve o excedente para a rede de distribuição. É bom para o governo que afasta o fantasma do apagão. E é bom para empreendedores, instaladores, entre outros que estão conseguindo se empregar no meio dessa crise.
É bom para todo mundo. Só que não!
Alguns grupos, como por exemplo as concessionárias de energia elétrica, sai perdendo.
E creio que elas não iriam ficar assistindo a migração dos clientes, de boa, sem reclamar? E ainda tendo que continuar fazendo o atendimento com presteza, sem faltar com a isonomia.
Elas podem estar obrigando com a Aneel para que coloque freios. Isso ia ocorrer cedo ou tarde.
No começo as concessionarias não se preocupavam muito, pois era quase inviável, uma vez que a mini usina em cima do telhado iria levar mais de 15 anos para se pagar.
Só que foi se estruturando uma cadeia de energia solar, desde a fabricação até a instalação, na qual foi se minimizando os custos. Além disso, novos equipamentos e tecnologias foi se adentrando no mercado, barateando ainda mais o preço dos equipamentos. Com isso, o custo de se pagar foi reduzindo, e é possível de se pagar em 5 ou no máximo 8 anos.
Isso justificaria a consulta pública. Com ela, aumentará o payback e levará de 8 a 12 anos para se pagar. Isso desestimulará o interesse na convenção.
Retroceder? Jamais
O que estamos passando é uma evolução. As concessionárias de telefonia, por exemplo, estavam no monopólio há décadas até aparecerem os celulares, smartphones, e atualmente mensagens como Whats App.
Vemos que têm diversos parlamentares manifestando contra a proposta da Aneel.
Inclusive, o diretor da BYD no Brasil (fabricante Chinesa de placas fotovoltaicas), Adalberto Maluf, aproveitou a passagem do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na China para solicitar seu auxílio, que prontamente mostrou contra a proposta da Aneel e que apoia o nosso setor.
Mas isso ainda não é o suficiente. Temos que mostrar a nossa indignação.
Não estou falando de isentar de qualquer cobrança. É valido a cobrança de assinatura, disponibilidade de rede e iluminação pública. Qualquer outra cobrança ou minimização de subsídios já é abuso do poder econômico.
O que podemos fazer?
A norma está em consulta pública até o dia 30/11/2019. Vamos manifestar o repúdio e a revisão dessa proposta.
- E-mail: cp025_2019@aneel.gov.br
- ou por correspondência para o endereço da Agência: SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral, CEP: 70830-100), em Brasília-DF.
O que não podemos fazer é ficar parado de braços cruzados. Por isso, peço que repliquem ao máximo de pessoas envolvidas.