Após o surgimento das bicicletas elétricas, estamos vivendo uma nova mania que está tomando as maiores cidades. Os patinetes elétricos.
As pessoas podem estar andando na intenção de cativar a sustentabilidade, saudosismo, comodidade ou por pura moda. Não importa. O que importa é que estamos vivendo uma nova fase para esse acontecimento. E a sociedade terá de se adaptar para essa realidade, uma vez que pode ser que não seja uma moda passageira. Pode ser que os patinetes vieram para ficar. E teremos que reavaliar os prós e contras. Tem “contras”? Sim. E muito.
Dando a Partida
Para usufruirmos os patinetes como os da empresa Grin, temos que baixar o aplicativo no smartphone e localizar através do seu mapa o patinete mais próximo. E visualizando o código Qrcode que fica próximo ao guidão, ela será desbloqueada e pronta para brinc… digo, andar.
Até aí não tem nada de mais. Até tem. Mas vamos comentar daqui a pouco.
O problema maior está na forma como a empresa solicita a forma (ou a falta da forma) de estacionar os patinetes.
É solicitado que, ao terminar a viagem, deixe em um canto da área demarcado no mapa em azul e tire uma foto dela estacionada. Isso acarretava em que as pessoas largassem em qualquer lugar sem um mínimo de bom senso.
Outro ponto. Quando eu vi esses patinetes pela primeira vez, achei uma ideia muito interessante, mas estava estranhando que só via os patinetes, mas não via as estações ou algum ponto para pegar. A resposta era óbvia.
Porque não tinha.
Há poucos dias é que colocaram nas paredes de alguns estabelecimentos uma logo da Grin para deixarem os patinetes.
Pronto. Resolvido – Só que Não
Mesmo que estejamos aos poucos tomando as regras de tirar e deixar os patinetes, para que estejamos todos coniventes, sem atrapalhar a vida do próximo, ainda somos pegos sobre problemas de mobilidade. Por serem de tração elétrica elas devem andar na calçada? Na rua? Em qual velocidade?
Ainda não temos uma lei de trânsito específico para veículos como o patinete elétrica. Mas há regulamentos específicos para veículos desse tipo. O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) os qualifica equipamentos de mobilidade autopropelidos (tipo de motorização com dimensões de largura e comprimento iguais ou inferiores às de uma cadeira de rodas).
Com essa caracterização já podemos ver que eles não podem andar em meio a carros e motos. Mas não significa que estão isentos de andar em qualquer velocidade. Aliás, eles são obrigados a ter velocímetro, entre outras sinalizações.
- Velocidade máxima na calçada – 6 km/h
- Velocidade máxima na ciclovia ou ciclo faixa – 20 km/h
Além disso, é sempre bom lembrar que o veículo maior deve atentar ao veículo menor. É o princípio básico de segurança.
Agora vamos ao lado bom
Sim. Resolvi começar a descascar todos os pontos negativos. Perceba que o problema principal está apenas na forma de criarmos regras e termos o bom senso.
Alguns já foram resolvidos, como o caso da demarcação dos estacionamentos. Mas outros ainda dependem de leis municipais e de trânsito.
No entanto, após ajustarmos conforme a nossa sociedade e inserirmos na nossa cultura e no nosso cotidiano, aí sim teremos vantagens.
As principais vantagens são:
- Não emitem poluentes;
- Práticas e compactas;
- O aluguel não é caro;
- Fáceis de pegar e manusear;
- A cidade aparenta mais auto sustentável.
O que podemos tirar de conclusão?
As nossas cidades cresceram desenfreadamente durante décadas. Há cidades que não aguenta mais tanto carro.
A vontade de muitos em integrar ideias sustentáveis para reduzir a poluição sonora, a emissão de gases, entre outras, é mais que bem vinda. É necessário.
Porém, como tudo na vida, temos que planejar e educar a cidade e o povo. Sem isso estaremos praticamente saindo de um problema para cair em outro . Sustentabilidade e segurança devem sempre andar juntos. Jamais separados.
Pedalando com Energia Solar
Legal, parabéns ao autor da página.
Muito bem explicado, parabéns aos responsáveis.